ÁRVORE GENEALÓGICA DE TANTAS FAMÍLIAS...

Atualizado pela última vez em 14/12/2018

Vasques, Teixeira, Marrero, Trindade e muitas outras...
 
Nome: FERNANDO JOSÉ DE OLIVEIRA VASQUES Família: VASQUES CÓDIGO:0021

 

Nascimento: 14 de Março de 1846
Local Pindamonhangaba - SP
Falecimento: 08 de Julho de 1929
Local Taubaté - SP
Causa Nefrite Crônica
   
Pai Anastácio José de Oliveira Vasques Código:0110
Avô Gregório Leite de Oliveira Vasques Código:0120
Avó Anna Catharina Gusmão de Oliveira Vasques Código:0121
   
Mãe Auristella de Oliveira Vasques Código:0111
   
Casado com: Rufina Cândido César Vasques Código:0022
Data: 19 de maio de 1876
Local: Taubaté - SP
   
Profissão Fazendeiro - Agricultor
   
Filho: (1) Aurélio José de Oliveira Vasques Código:0020
Filha: (2) Fernandina Augusta de Oliveira Vasques Código:0122
Filha: (3) Carmelina de Oliveira Vasques Código:0123
Filho: (4) Mário de Oliveira Vasques Código:0124
Filho: (5) Licínio de Oliveira Vasques Código:0125
Filha: (6) Cecília de Oliveira Vasques Código:0126
Filha: (7) Benedicta de Oliveira Vasques Código:0127
Filho: (8) Francisco Fernando Vasques Código:0128
Filha: (9) Emília Augusta de Oliveira Vasques Código:0129
Filha: (10) Ambrojina de Oliveira Vasques Código:0130

Esta foto foi "batida" em 12 de março de 1881, por ocasião da posse na

 Câmara de Agricultores de Taubaté - SP, com vice-presidente

 (deve estar com a Mitzi)

 

Observações:

Foi batizado em 04 de abril de 1846 e foram padrinhos Mariano e Umbelina, conforme registros da Cúria Diocesana de Taubaté - SP

Cert. de Óbito - 117 - Fls. 116v.do Lv C-37 do Registro Civil de Taubaté - SP

Fernando era um agricultor de porte pequeno, porém sua esposa Rufina, herdou de seu senhor em 1881, muitas terras e dinheiro, fazendo dele um fazendeiro.

A principal produção era a do café, muito cultivado na região do Vale do Paraíba.

Porém "torrou" grande parte desta herança em jogos de azar nos Cassinos no Rio de Janeiro.

Na seqüência do tempo, as grandes fazendas de "café" estavam entrando em colapso, pois a falta de cuidados especiais estavam tornando as terras improdutivas, sem a fertilidade necessária. Isso influiu muito na qualidade dos grãos, perdendo assim valor e muitos produtores abandonaram seus cultivos.

Fernando foi um desses, que trocou o cultivo do café pela criação de gado. Mas também não tinha toda experiência necessária e aos poucos foi lapidando, ainda mais, seu patrimônio.

 

Sabe-se que Fernando chegou a trabalhar como escrevente no Fórum de Pindamonhangaba,intitulado na época como Juízo de Órfãos, conforme verifiquei em alguns documentos no Museu de Pindamonhangaba - SP.

 

Fernando também era membro da Corporação Musical Euterpe de Pindamonhangaba, assim como seu pai Anastácio.

 

Casou-se com RUFINA CÂNDIDA CÉSAR, nascida em Pindamonhangaba - SP em 1850.Rufina era filha de NHA CAROLINA e JOSÉ DOS SANTOS CÉSAR.Contam que Nha Carolina seria escrava de Francisco Salgado de Cerqueira César.

 

Rufina, então esposa de Fernando, HERDOU de Francisco Salgado de Cerqueira César, uma boa fortuna, constituído por terras,  benfeitorias, jóias, títulos públicos e outros.

Em TESTAMENTO Francisco declara que DEIXA PARA RUFINA, após a sua morte, "POR SER DE MINHA CONFIANÇA E POR TER MUITA AFEIÇÃO", por ter dedicado toda a sua vida em minha companhia (sic)os seguintes bens:

- 18 títulos nominais da Dívida Pública, no valor nominal de 1.000,000 contos de réis cada um.

- Uma fazenda medindo aproximadamente 417,50 alqueires, denominada de SERTÃO, na região de Vargem Grande, em Pindamonhangaba.

- Também inclui todas as benfeitorias nela existente.

- Também deixou um casal de escravos de nomes Marcolino e Claudine, para lhe servirem por dois anos e depois tinha o dever de conceder carta de alforria e dar moradia na Fazenda Sertão até o fim de suas vidas (sic).

- Também deixou aproximadamente 80 escravos (não tive tempo para contar todos, pois entre eles haviam menores) pertencentes estes da Fazenda Sertão, com o dever de conceder carta de alforria após dois anos, ou antes, se estes completassem 60 anos de idade.

- Também deixou uma fazenda (FAZENDA SERTÃO) medindo 12.400 (não consegui identificar a denominação da medida) no município de Lagoinha. Nesta fazenda haviam cerca de 40 escravos, com as mesmas recomendações anteriores. No entanto, deixou para os menores Martiniano Moreira Salgado e Amélia Cândida César,que foram criados em sua companhia e também por afeição que ele tinha, toda área além do rio Paraitinga, indo em direção a Cunha. Estes escravos também herdaram 9 títulos nominais da dívida pública (cada um) com o mesmo valor, ou seja, 1.000,000 de contos de réis, cada título.

Estes menores deveriam ficar sobre os cuidados e tutela se preciso for de Rufina até que Martiniano complete maioridade e Amélia se case. Mas se eles falecerem e não deixarem herdeiros ficarão seus bens para Rufina.

- Também deixou sua "caza de moradia localizada na Travessa Duque de Caxias, com 60 palmos de frente (sic) e tudo o que nela conter, além de todas as jóias da família, exceto um terço cravejado de diamantes e rubis, que deveria ser doado para a igreja em troca de uma "capela" de missa em sua homenagem.

Francisco RETIFICOU seu testamento quatro meses antes de falecer, incluindo os nomes dos menores Martiniano e Amélia.Também retirou do testamento uma casa que tinha acabado de doar em vida, para um amigo de infância que passava por grandes dificuldades financeiras pela morte de sua mulher.

Deixou também para a sobrinha Maria Antonia duas apólices no valor de 1.000.000 de contos de réis cada uma.

Deixou também duas apólices para o escravo Adriano, no mesmo valor e uma faixa de terra em uma fazenda, para fazer sua lavoura.

Deixou também para a afilhada Gabriela duas apólices no mesmo valor.(filha da escrava Domingas)

 

Com o passar de alguns anos Francisco Salgado dos Santos, pai de Rufina também veio a falecer e deixou parte de seus bens para Rufina. Porém este inventário está totalmente danificado, impossibilitando cópias e leitura, do qual Fernando e sua mulher fazem parte, juntamente com aproximadamente dez nomes.Francisco Salgado dos Santos era MEIO IRMÃO de Francisco Salgado Cerqueira César e também herdou deste alguns bens, principalmente 30 títulos nominais da dívida pública.

 

As custas do processo de inventário do Fernando e Francisco Salgado de Cerqueira César, foi de 370.000 mil contos e réis, além de ter que "doar" para a igreja 150.000 mil contos de réis.

Essa doação para a igreja era pago através de "mandar rezar 15 capelas de missas (cada uma no valor de 10.000 contos de réis). Cada capela durava uma semana e eram em pró das almas de Francisco, de seus familiares já falecidos, de seus escravos já falecidos, de seus amigos já falecidos, etc...

 

Em 1890 o valor desses títulos seria corrigido para 3.880.000 contos de réis. Constam em petições judiciais diversas "permutas" destes títulos por casas na cidade Pindamonhangaba, Taubaté e Guaratinguetá, além de "permutas" por notas promissórias assinadas por Fernando.

Também existe uma petição INDEFERIDA pelo juiz Felipe Homem de Mello, do qual Fernando pleiteia a troca de um título pertencente ao escravo menor Martiniano para a compra de um lote de gados.

 

Com o decorrer dos anos, segundo relatos (de Alcides Vasques e Aurora Teixeira) Fernando ia mensalmente para a cidade do Rio de Janeiro, para VENDER sua produção de café.

Porém o mesmo adquiriu o péssimo hábito de freqüentar o Cassino da Urca e por lá foi deixando toda sua fortuna. Também freqüentava os bordéis e lá teria contraído sífilis,o que prejudicou sua saúde, causando nefrite e levando-o a morte.

 

Também identifiquei no testamento de Francisco, o nome JULIÃO SALGADO DOS SANTOS, para que nada fosse por ele herdado, pois mesmo sendo seu meio irmão, era seu inimigo.

 

No catálogo do Museu de Pindamonhangaba, consta que Fernando foi inventariante de CLAUDINA GONÇALVES DE MOURA, porém ainda não consegui localizar esses documentos e tão pouco identificar quem seria essa pessoa (1898).

 

No catálogo do Museu de Pindamonhangaba, também consta que Fernando foi inventariante de JOSÉ DOS SANTOS CÉSAR, avô de Rufina (1874), mas o processo ainda não foi localizado.

 

Segundo relatos de Aurora, Fernando era uma pessoa séria perante aos amigos, porém dedicado, brincalhão (sempre sorridente) com seus familiares. Tinha uma educação exemplar e gostava de ajudar a todos que necessitavam. Contribuiu muito com as igrejas, pois acreditava estar reservando um bom lugar no céu.

 

Não se sabe o destino final de todos esses bens, porém através de ALCIDES VASQUES, descobri que com parte desta fortuna, AURÉLIO JOSÉ DE OLIVEIRA VASQUES (seu filho), adquiriu a Fazenda São Francisco do Morro Dentro, do qual narro na própria história  de Aurélio.

 

Fernando   faleceu  com  83  anos   de   idade,  vítima   de  Nefrite crônica,  em  08 de julho de 1929, no município de Taubaté, na Rua Visconde do  Rio  Branco, 23 - centro, na casa do filho Licínio, com quem vivia.

 

Rufina faleceu no dia 25 de abril de 1934, por Gripe bronco pulmonar, com 84 anos, na Rua Marques do Herval, centro de Taubaté, onde residia.

   

GALERIA DE FOTOS

     

 

Elaborado por CELSO LUIS VASQUES - (12) 997653533

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