Carlos Charleaux, brasileiro, nascido em Ubatuba - SP, filho de Jacques Charleaux e de Eloise Charleaux, vindo da França, em 1828, convidado e beneficiado pela Sesmaria, juntamente com mais 5 pessoas, membros da família.

Pouco se sabe sobre o casal. Porém inúmeros relatos contam que Carlos Charleaux, nasceu aqui no Brasil, filho de FRANCESES na região de Catuçaba, em São Luiz do Paraitinga.Seus pais vieram para o Brasil, por terem sido "contemplados" com muitas terras, na época de D. Pedro II, que estava distribuindo terras para o cultivo. Isto foi denominado como Sesmaria.

No Museu Nacional de Petrópolis - RJ, existe um "fardo" de documentos que contam muito da história dos Charleaux no Brasil. Esses documentos estavam na Capela do bairro de Catuçaba, em São Luiz do Paraitinga, sendo transferido para a Diocése de Taubaté, no início dos anos de 1960.

Porém, por conter documentos assinados por D. Pedro II (concessão da Carta da Sesmaria) todos documentos foram transferidos para o Museu Nacional.

No entanto, devido ao auto grau de deterioração, foram lacrados e até a data de hoje, aguardam por melhor tecnologia para que se faça estudos e transcrições do teor destas pastas.

Por história contada pelo meu avô Osvaldo, segundo ele ouvia a sua mãe Marinha contar que vieram 7 pessoas da França, sendo 4 homens e 3 mulheres.

De acordo com a área demonstrada em uma planilha no Museu Nacional, o tamanho das terras da família Charleaux, seria vista da seguinte maneira. Da Rodovia Osvaldo Cruz, na entrada do Bairro de Catuçaba, logo após a entrada principal de São Luíz do Paraitina, vamos denominar de ponto "a".  Conta-se aproximadamente 30 kilómetros em linha reta, até o ponto "b".Do ponto "b" até o ponto "c" onde hoje se localiza o bairro do Perequê-Açu, em Ubatuba, ou seja, descendo a serra toda. Do ponto "c' até o ponto "d" até a praia do Prumirim, ainda em Ubatuba. A divisa de suas terras era exatamente o Rio Prumirim.

Do lado oposto na entrada do bairro Catuçaba, ou seja, a direita, a mesma quantidade de terras, foram cedidas para a Família Charpentier.

A Fazenda se chamava FAZENDA DO CHAPÉU, segundo contam pelo gosto que os franceses tomaram pelo uso do "Chapéu de palha".

A Fazenda era grande produtora de "bananas" assim como os vizinhos, a Família Charpentier. Há relatos até de exportação para a Europa, através de Paraty.

Porém, por despreparo e ou descuidos, deixaram as "pragas" tomarem conta do bananal. Há relatos que as pragas "moleque-da-bananeira e a Traça-da-bananeira dominaram por completo a fazenda.

Ainda por relatos de Alcides e Osvaldo, essas traças teriam sido "implantadas" pelos concorrentes holandeses, que estavam assentados na região hoje conhecida como cidade de Bananal - RJ. O motivo seria a concorrência de preços, uma vez que, os produtos eram vendidos no cais do Porto de Paraty.

Outra informação que tenho é que Marinha Adelaide era "mulata" e de "grande porte".

Até o momento, por falta de tempo, não consegui ir adiante nestas investigações. Porém existem famílias ainda com o sobrenome CHARLEAUX na região de Catuçaba, onde se localizava a Fazenda de propriedade de Jacques Charleaux, já bem fatiada.

GALERIA DE FOTOS

Carlos Charleaux

Família Charleaux - 1902

Pela aparência na foto e pela idade, acredito que ao centro estejam Jacques e Eloisa

Museu de São Sebastião - SP